quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mundo da Utopia: Facebook




Hipocrisia e Pseudointelectualidade no Facebook
Se existisse Facebook na década de 1980, provavelmente ainda não teríamos o voto direto para a presidência da República. E vou além, se na década de 1970, contássemos com esse aparato da moderna tecnologia de rede social, provavelmente não teríamos tido o movimento sindical e o fim do regime militar.
Basta acompanharmos alguns dos posts efetuados pelos jovens para percebermos como os “movimentos” para mudar o mundo, ocorrem somente no âmbito digital. Há exceções. Mas são raríssimas, há de se convir.
Também não é pra menos. O mundo do Facebook é muito bom e perfeito. É incrível observar como as pessoas são boazinhas e comportadas, enquanto os demais estão muito aquém da moralidade.
Mas o pior feito do facebook, é concretizar a burrice on-line. Reclamávamos do Wikpedia como realização da mediocridade on-line. Sem imaginarmos que a mediocridade fosse um dia substituída pela burrice.
No Wikpedia, as postagens são realizadas com uma autoria normalmente identificada. E os leitores/usuários podem acessar as páginas e oferecer revisões e correções. Além do mais, os textos costumam ser mais longos e elaborados e muitas vezes, resultam de pesquisas e artigos científicos.
Já no Face, os posts são curtos e quase sempre resultantes de “compartilhamentos”. A pessoa vê e gosta. Mesmo sem refletir manda adiante. Aumenta o grau de divulgação.
Junto com o direito de se expressar, abusa da irresponsabilidade de divulgar absurdos e mentiras. Além de boa parte destes, se apresentarem como “gurus” da vida, aplicando e replicando lições que nem mesmo aplicaram a si próprios.
Sem dúvida, o mundo precisa mudar e, o Brasil, de forma urgente. Mas no mundo maravilhoso do Facebook, essa mudança não ocorrerá.

domingo, 11 de março de 2012

Mão única no Viaduto

Tem algumas situações sobre a administração do trânsito nesta cidade que não consigo entender. Provavelmente, sou muito ingênuo mesmo e para piorar a ocasião, do tipo que não fica quieto.

Lendo a matéria sobre Mão Única de direção do Viaduto que ligará a Vila Falcão a Av. Nuno de Assis e, vendo a foto publicada, impossível não pensar em alternativas.

A princípio, a situação, não parece tão insolúvel como foi apresentado. Afinal, se haverá essa alternativa no sentido bairro cento, o que impede o poder público de tornar a Pedro de Toledo em mão única no sentido centro bairro. Vejam no mapa publicado no jornal da cidade deste domingo:

Aquele que vem pela Nuno de Assis, ao chegar a seu final próximo ao fórum, poderia utilizar-se da alça de acesso ao Viaduto da Azarias Leite que muito bem poderia ter mão única no sentido bairro centro (tanto a alça, quanto o viaduto) e receber preferencial sobre as demais vias. Dobra-se a direita na Rua Primeiro de Agosto e segue até a Avenida Pedro de Toledo, em um trecho onde o estacionamento poderia ser eliminado em ambos os lados da via.

Seria possível ainda, na Pedro de Toledo, alargar a rota centro bairro e restringir a largura da faixa bairro centro deixando-a exclusiva para coletivos e privilegiando esse transporte. O mesmo procedimento, seria feito com os Viadutos que ligam a Vila Falcão. Os coletivos seriam os únicos veículos a utilizar essa faixa de avenida em sentido bairro centro.
Aliás, o que impede que atualmente, mesmo antes da entrega desse viaduto, as avenidas Duque de Caxias e Rodrigues Alves, não passem a ter apenas mão única de direção? Porque nosso pensamento tem que ser "encaixotado" nas tradições?

Claro que como em todas as decisões, alguns seriam prejudicados. Contudo, a velocidade e o aumento da potencialidade de uso de todas as vias envolvidas, seriam melhoradas.

Agora, se o caso for resolver apenas com outro Viaduto, o negócio é ficar mesmo esperando....afinal, a população já faz isso há tanto tempo.

sábado, 10 de março de 2012

VLT x Malha Férrea Urbana

Um uso racional para as ferrovias subutilizadas nas cidades de porte médio do Estado de São Paulo

 Construir ferrovias é caro. Contudo, quando existem, oferecem um transporte de massa de baixo custo operacional.

Há várias cidades no Brasil que estão aproveitando a existência de ferrovias abandonadas ou subutilizadas, em suas áreas urbanas e, implementando transporte ferroviário de passageiro, com o uso dos chamados VLT – Veículo Leve sobre Trilhos.

Uma vez que os pares de trilhos já existem, providencia-se a reforma das linhas, a construção de terminais de passageiros e, a readequação das linhas de ônibus circulares para que trabalhem conjuntamente, atendendo toda a extensão urbana.



Tudo isso com o auxilio de um veículo tracionador parecido com uma locomotiva do metrô e, um ou dois vagões com capacidade para algumas dezenas de passageiros. Um veículo completo, máquina mais vagões, em geral transporta cerca de 400 passageiros, ou o equivalente a oito ônibus circulares.

Sem dúvida, resolve o problema de transporte de muitas cidades de tamanho médio, principalmente as nossas do interior de São Paulo, que cresceram em torno das ferrovias.

O mapa urbano apresentado em primeiro plano nesse artigo, refere-se a cidade de Bauru. Nesta cidade, há 4 malhas férreas centenárias, que eram operadas pela RFFSA e Ferroban. Atualmente, operadas pela ALL – América Latina Logística.

Uma das coisas mais difíceis é ver uma composição ferroviária passando por elas. Só se ouve falar, quando alguma passagem de nível coloca em perigo a vida dos motoristas e pedestres que cruzam as ferrovias em vários pontos da cidade.

Decorrente dessa subutilização e do perigo trava-se discussões sobre as responsabilidades e, vez ou outra aparece um  político sugerindo a retirada dos trilhos e a construção de uma grande avenida para desafogar o trânsito da área central. Ou seja, as velhas e estúpidas idéias de sempre de privilegiar o transporte rodoviário do qual o maior expoente é o automóvel.

Será que essas pessoas não pensam na cidade? Com o poder municipal bauruense sendo alinhado ao governo federal, não há ninguém que vá atrás do BNDES para conseguir financiamento para construção de uma malha de VLT e compra de veículos para esse fim?

De duas uma, ou os governantes conhecem o VLT ou não conhecem. Se não conhecem, deveriam ser apresentados a ele. Se conhecem e insistem em remover as linhas férreas da área urbana é porque, ou já verificaram a impossibilidade de aplicação ou têm outros interesses como a valorização imobiliária por exemplo.
De qualquer maneira, seria bom saber o que estão pensando essas pessoas para resolver o problema do trânsito de Bauru na próxima década. Uma vez que parece que o problema dessa década, não foi pensado por ninguém

sexta-feira, 9 de março de 2012

PARTICIPAÇÃO DA INDUSTRIA NA COMPOSIÇÃO DO PIB BRASILEIRO



Preocupante noticia, publicada hoje na Folha de São Paulo, informando que a participação do setor industrial brasileiro, na composição do Produto Interno Bruto - PIB, recuou aos níveis de 1956, ano em que o então presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) impulsionou a industrialização no país com seu Plano de Metas que prometia avançar “50 anos em 5”.

Segundo informações do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2011, a indústria de transformação representou 14,6% do PIB. Em 1956, antes do que se pode chamar de industrialização do Brasil, havia sido de 13,8%.

O número atual não quer dizer em nenhuma hipótese que os valores da indústria colhidos hoje, são menores que aqueles de 1956, como citam muitos comentários tendenciosos e mal intencionados de leitores, no site www.folha.com.br. Significa apenas, mas não menos assustador, que a nossa indústria está minguando. Principalmente, se levarmos em consideração que nosso PIB cresceu apenas 2,7% nesse ultimo ano e, que boa parte dos números conseguidos, foram obtidos dos setores primários como agricultura e mineração, que pouco agregam em termos de valor, à nossa economia.

É sabido há pelo menos três décadas, que nos países desenvolvidos, a participação da indústria na composição do PIB tende a diminuir, decorrente do aumento principalmente da participação do Setor de Serviços. No caso brasileiro, essa tendência de certa forma se mantém.

Contudo, resta-nos observar e nos prepararmos para a troca que está sendo feita. No nosso caso particular, decorrente de baixa escolaridade da população, pode ocorrer de estarmos trocando postos de engenheiros ou operadores de máquinas com as ocupações de atendente ou moto taxistas. Sem desmerecer essas duas ocupações das quais também, tanto necessitamos.

“No desenvolvimento econômico e social, não há fatalidade! Somos resultado das nossas decisões”

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Horário de Verão: Argumento do Século XX para a vida no Século XXI



O horário de verão que, graças a DEUS e ao decreto presidencial de 2008, termina neste final de semana (25 de Fevereiro de 2012), resultará em uma economia aproximada de 4,6% no consumo de energia elétrica no país.

Além dessa pequena economia e das horas intermináveis de reportagens que as TVs brasileira, sem assunto melhor, insistem em apresentar, a alteração de horário que acontece em Outubro, adiantando uma hora e em Fevereiro retornando ao horário normal, só serve mesmo para criar confusão biológica em boa parte das pessoas. Aliás, mesmo aqueles que insistem em dizer que nada sentem, são afetados fisicamente ou psicologicamente pela mudança, segundo as informações dos centros de pesquisas.

Quanto foi instituído no governo Getulio Vargas na década de 1930 ou ainda, recuperado na história brasileira na década de 1980, fazia todo o sentido uma vez que nossa capacidade em investimento na geração de energia elétrica era extremamente limitada e, não havia disponibilidade de melhores tecnologias alternativas.

Atualmente, vários países do mundo cuidam de reduzir o consumo de energia, substituindo aparelhos gastadores de energia, por outros mais modernos e que de fato economizam. Três exemplos que o Brasil não faz e poderia fazer imediatamente:

Substituir as antigas e quase duocentenárias lâmpadas incandescentes (aquelas inventadas por Thomaz A. Edison em 1878) por lâmpadas Econômicas. Na Ásia e Europa já se utiliza a iluminação com LED e nós ainda nem ao menos substituímos os “bulbos de filamento” por pelas Fluorescentes ou PL que gastam muito menos.

Incentivo governamental com redução tributária ou mesmo subsídio para a substituição dos centenários “chuveiros elétricos”, por equipamentos de aquecimento solar que, mostram-se extremamente eficientes nas residências.

Redução nas taxas e emolumentos para a aprovação de projetos na construção civil, objetivando casas com ampla área de “entrada da luz natural”.

Para que isso seja posto em prática, é preciso parar de pensar como homens do passado e copiar o que de bom, nossos irmãos de planeta terra estão fazendo em seus países.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Duas vidas, duas histórias.



Nasceu em família de classe média. Desde pequeno teve acesso a boas escolas e nos pais, encontrou o apoio necessário para criar e aproveitar boas oportunidades na vida.
Aos 5 anos acompanhava o pai ao clube nos finais de semana e o observava nos jogos de tênis.
Desde então, pegou a raquete e não largou mais.
Ao ver seu interesse, o pai, estonteado de contentamento, investiu pesado no treinamento do filho, para a prática do esporte.
Raquetes de primeira, roupas bonitas e bem escolhidas, condicionamento físico, alimentação, torneios e torneios.
O menino passou a conviver em um mundo de glamour e muito dinheiro. Patrocinadores, platéia, torcida, ranking, ATP, etc.
Aos 14 anos já era bem conhecido, aos 15, estava entre os 5 primeiros do ranking juvenil. Aos 17, ninguém mais ouvia falar dele.
Não tinha altura suficiente para o esporte. Apesar de seu bom jogo, não conseguia enfrentar os cabeças do esporte. Mesmo os não tão bons, porém mais altos, lhe impunham grande sacrifício.
Teve que começar a trabalhar. Entrou na área de vendas, assim sobrava tempo para tentar ainda no esporte.
Aos 25 anos, tinha se tornado professor de tênis do clube. Não precisava pagar a mensalidade e ainda ganhava uns trocados.
Palavreado amargo! Ríspido com a meninada! Parecia amaldiçoar a cada minuto, o infortúnio de sua vida. Sentia-se um fracassado. Exigia disciplina de campeão e não admitia ensinar quem já tivesse mais idade ou não quisesse ser o primeiro do ranking.



Nasceu em família muito pobre. Desde pequeno pegou no batente para ajudar a mãe com as despesas domésticas, e suprir a falta do pai alcoólatra, que só aparecia para lhe dar uns tapas e tomar o dinheiro da mãezinha pagar as contas da casa.
Estudou em escola publica para ter acesso a merenda que saboreava rapidamente para entrar novamente na fila.
Aos doze anos, andava pela rua com um carrinho catando papelão para vender no depósito e as vezes parava em um clube da cidade para conversar com um de seus vizinhos que lá trabalhava como pegador de bola nas quadras de tênis.
Nessa idade, foi um dia convidado pelo amigo a conhecer as quadras e ser apresentado ao zelador das mesmas. Conheceu a raquete, as bolinhas e o paredão. Divertia-se um pouco enquanto o amigo terminava seu expediente de pegador de bola, para que os dois fossem juntos para casa. As vezes, deliciava-se ao ver a destreza do amigo batendo bola com um sócio que não encontrará naquele dia, parceiro para jogar. Tentava repetir os movimento quando tinha oportunidade no paredão.
Passou então a todas as tardes, entrar no clube para esperar o amigo e poder divertir-se um pouco.
Num certo dia, na falta de um dos meninos, ofereceu-se como apanhador de bolas e acabou ganhando uns trocados dos jogadores. Com a permissão do zelador, passou a dar expediente diário no clube. Muito melhor que catar papelão. E mais lucrativo. Aprendeu a dar umas tacadas. Tornou-se um bom jogador. Trocava bolas com os melhores jogadores do clube e também com os menos competentes ou ainda em fases iniciais de aprendizado.
Aos 25 anos se tornou professor de tênis do clube.
Gentil e de palavras doces, parecia agradecer a DEUS a todos os momentos pelo ambiente que lhe havia sido presenteado. A mãe, orgulhosa pelo sucesso do filho, não se cansa de dizer, esse menino vale ouro.

Qual história de vida queremos para nós? É bom pensar nisso porque ela está sendo escrita a cada momento.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O Brasil que não Muda!

Costumeiramente, assistimos no inicio de cada ano, as reportagens que mostram as tragédias provocadas pelas chuvas em diversos pontos do Brasil.
Também vemos que muito embora, segundo afirmação de órgãos da imprensa, os valores para conter e resolver tais problemas sejam em torno de um décimo daquele que se gasta nas recuperações, os governos não se preocupam em investir nessa prevenção e, esperam anualmente que tudo se vá literalmente por agua abaixo, para em cima das dores e dos corpos, iniciar obras que nunca terminam.
Ora, explica-se facilmente esse tipo de atitude se considerarmos o fato de que havendo de fato a chamada “caixinha” do contratante, ou ainda a possível “ajuda” com verbas nas próximas eleições, o volume de dinheiro dessas comissões será tanto maior quanto maior for o valor da obra envolvida. Então, se com apenas um décimo do valor você resolve o problema de vez, seria um tiro no pé de qualquer governante que se preze, agir resolvendo o problema. Melhor deixar que tudo se destrua por ação das chuvas e depois reconstruir, sem obra de contenção. Assim, no próximo ano, começa tudo novamente.
Esse pensamento provavelmente não fica somente no campo das obras publicas. Quando verificamos que as empresas de segurança particular são de propriedade de ex-militares, e que muitos desses tornaram-se políticos, fica mais fácil entender porque a segurança publica não melhora. Oras, se melhorar, ficará mais difícil de vender serviços de “proteção” para empresas e pessoas abastadas. Imagine se os bancos puderem movimentar dinheiro tranquilamente sem a necessidade de carros blindados e batedores, porque a chance de qualquer ocorrência for mínima?
Outra situação que já tratamos em oportunidade anterior foi a Saúde pública. Os planos de saúde privados somente vendem bem e podem cobrar valores exorbitantes, se a saúde pública estiver mal. Quanto pior for a intervenção do Estado, melhor para o plano particular. Então, só resta aos proprietários desses planos, patrocinar aqueles que vão votar as regras e verbas da saúde pública e, fazer com que permaneçam sempre ruins.
Não é diferente com a educação e com o transporte, nem com a mobilidade urbana, nem com a produção rural.
Infelizmente, em um país onde se diz que política não se discute, nunca se discutirá de fato. permanecendo toda a população, a mercê do pensamento dos grupos corporativos que, via de regra, se fazem representar no congresso e apenas pensam em si próprios.